“A
cruz de Jesus sempre permanecerá um escândalo e uma tolice para discípulos exigentes
que buscam um salvador triunfante e um evangelho da prosperidade. O número
deles é legião. São inimigos da cruz de Cristo. Jesus não teria nenhum outro
nome pelo qual pudesse ser chamado não fosse o nome de “Crucificado”. [...] Seu
ministério era um fracasso aparente; sua vida parecia não ter feito nenhuma
diferença; era um Deus assassinado, ineficaz, perdedor. Mas nessa fraqueza e
vulnerabilidade o mundo viria a conhecer o amor do Aba daquele que era
Compassivo.”
Brennam Manning
Eles, porém, pediam insistentemente, com fortes
gritos, que ele fosse crucificado; e a gritaria prevaleceu.
Lucas 23:23
Observando detalhadamente cada momento que
precedeu o ápice de Jesus crucificado, há muito o que se pensar e entender.
Como sabemos, Jesus o Filho de Deus, foi humilhado, açoitado, cuspido, batido,
machucado, mais do que qualquer outro homem na época, e isso tudo, foi
cumprimento de tudo o que os profetas disseram anteriormente. Sim, era tudo
plano e palavra de Deus.
Era necessário e fundamental que houvesse um
cordeiro para sacrifício, pecados tinham de ser perdoados, o ser humano tinha
de voltar para Deus, para o ponto inicial, ou o momento em que se perdeu no
próprio egoísmo e vaidade. Porém, todos esses passos foram tomados por Deus,
pois, o ser humano, não tinha [tem] nem consciência e nem noção de sua
necessidade e urgência de Deus, disso dependia [depende] sua vida – eterna.
Bem, houveram muitos fatos antes deste que vou
citar agora, porém, é nele que gostaria de me focar neste momento. Jesus chega
diante de Poncio Pilatos, pela segunda vez, depois de ter sido julgado no
Sinedrio, ter sido levado a Herodes e por fim voltado a Pilatos. O destino de
Jesus estava nas mãos do governador de Roma. Será mesmo? A resposta é “Não!”.
Todo aquele vai e vem de um “poderoso” a outro,
era na verdade, um plano perfeito traçado por Deus. Todos aqueles homens, que
estavam se sentido com o ego inchado, por “poder” julgar condenar e matar o
[para eles] “suposto Messias”, estavam na verdade sendo usados por Deus, mesmo
sem saber, mesmo contra a vontade.
Então, Jesus estava nas mãos de Pilatos, que
sabia diante de todo o exposto e em seu coração, que Jesus era, na verdade, um
prisioneiro inocente, que não se defendia. Pilatos fez então, o que lhe cabia
no momento, entregou a decisão nas mãos do povo, que por sua vez, por
influencia dos sacerdotes e homens do templo, gritava sem cessar: “Crucifica-o,
crucifica-o”.
Desta forma, as coisas foram se encaixando,
conforme pensado por Deus e o povo, também foi usado, levando Jesus direto para
cruz, com uma coroa de espinhos fincada em sua cabeça, tendo suas mãos e pés
perfurados, com pregos “especiais”, que ultrapassavam aqueles grossos troncos
de madeira.
Então, este era mesmo o fim. A bíblia afirma
que Nele não havia formosura, seu ministério aparentemente não havia dado
muitos frutos já que muitos o odiavam a ponto de matá-lo e alguns de seus
seguidores, simplesmente se esconderam para não serem mortos de igual modo.
Todos estavam extasiados olhando para uma cruz
enorme de madeira com um homem comum, perfurado dos pés a cabeça, sem forças,
quase sem voz, quase morto. Como afirmou Brennam Manning, tratava-se de “um
Deus assassinado, ineficaz, perdedor”.
“Mas nessa fraqueza e vulnerabilidade o mundo
viria a conhecer o amor do Aba daquele que era Compassivo.” Era exatamente ali,
que Jesus devia estar. Era aquela história que deveria ser contada, para que
hoje muitos pudessem [possam] abrir a boca e o coração e falar diretamente com
Deus, sem empecilhos, sem burocracia. Era essa história manchada pelo sangue de
Jesus, sangue este pelo qual muitos seriam [são] libertos de suas cadeias, de
um destino eterno, muito diferente do que se deseja. A história a ser contada e
entendida é a do Crucificado e acima de tudo, Compassivo, pelo qual alcançamos
misericórdia, amor incondicional e vida.
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